sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Planejamento estratégico nas empresas brasileiras: concretização ou imaginação?


Em um dos textos que eu li esta semana (Para as empresas brasileiras o futuro já chegou – Revista Exame) falava sobre a nova realidade das empresas brasileiras ao desenvolverem e projetarem seus negócios (ações, projetos) para o longo prazo. É impossível não pensar e considerar que isto se deve às condições oferecidas pelo cenário macroeconômico atual. Enquanto alguns países europeus e os Estados Unidos vivem em uma crise considerável e tentam achar soluções, os emergentes aproveitam (ou tentam aproveitar) o bom momento vivido por eles para consolidar o crescimento econômico.

Todas estas questões servem como informações relevantes para o mercado nacional, especialmente as empresas de setores com maior perspectiva de crescimento. Desta forma, a construção e visualização do cenário mercadológico futuro propicia a formulação destas ações. No entanto, ainda é importante considerar e analisar os aspectos políticos e econômicos internos, que ainda servem como referência e podem interferir e modificar esta projeção. O mercado brasileiro, mesmo com todo o crescimento nos últimos anos, ainda é visto com incerteza pela instabilidade das ações governamentais. Isto se torna ainda mais visível quando algumas regras são modificadas para atender a certos interesses ou para gerar maior regulação do mercado.

Analisando as informações mais recentes vinculadas na mídia sobre o crescimento brasileiro, percebe-se que, embora o Brasil se torne a sexta maior economia do mundo, a projeção que é feita para 2020 mostra que outras economias equivalentes ao Brasil, como México e Índia, terão um crescimento econômico mais sustentável, confirmando a idéia de que as projeções dos negócios das grandes empresas para o longo prazo e a formulação de um planejamento estratégico real se tornam viáveis muito mais por questões macroambientais relacionadas às crises das grandes economias do que propriamente pelas condições oferecidas internamente.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Definir prioridades é primordial!


Em um período de final de ano, muita gente costuma fazer planos, definir questões importantes que devem ser realizadas a partir do próximo ano. O discurso sempre aparece. No entanto, a prática não é tão simples. Vivemos em um mundo atual onde uma das questões primordiais e essenciais para realizar as ações que soam alto nos discursos está cada vez mais difícil de obter: as prioridades na realização destes planos.
As principais causas para este problema se referem ao rápido processo de mudança existente no mundo moderno e aos diversos recursos de comunicação na web que estão cada vez mais populares entre as pessoas. Durante meus acessos na internet percebi o quanto estes recursos são importantes (para diversas necessidades), mas que, ao mesmo tempo, são utilizados de forma inadequada. Como conseqüência, a informação é obtida de forma superficial, sem profundidade, sem relevância. A concentração nas atividades que realmente importam passa a ser mínima.
Não quero “radicalizar” e dizer que não se deve utilizar redes sociais ou coisas do tipo. Mas eu concordo com a opinião de alguns especialistas ao afirmarem que a internet está gerando um efeito “pesado” na vida das pessoas e na forma como elas conduzem suas atividades e aproveitam o seu tempo.
O desafio que temos hoje é de buscar o equilíbrio e entendermos como utilizar estes recursos de forma mais produtiva. Significa definir tempo, rotinas, e analisarmos o que realmente importa para nós.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Desdobramento do mapa estratégico e construção dos painéis de desempenho – Balanced Scorecard (BSC)

O Balanced Scorecard (BSC), desenvolvido por Kaplan e Norton, reflete um modelo de gestão moderno, baseado perspectivas, que traduzem em objetivos, indicadores metas e ações corporativas no desenvolvimento e planejamento da estratégia organizacional. Através da construção do mapa estratégico, baseado nos temas estratégicos, temos uma definição clara do escopo estratégico e dos rumos da corporação que serão comunicados, executados e controlados em todos os setores.

Para que isso seja possível, é imprescindível desdobrar o mapa estratégico e o painel de desempenho corporativo para as unidades e/ou áreas funcionais.
No exemplo citado, é perceptível o desdobramento e a contribuição gerada por uma área funcional da organização para o alcance de um objetivo estratégico. A partir deste desdobramento, podemos construir o mapa estratégico e o painel de desempenho para cada área organizacional, e, a partir disso, desenvolver os scorecards de processos organizacionais até chegar aos scorecards individuais.

Quando a empresa desenvolve estas contribuições em detrimento dos objetivos estratégicos, formulando o planejamento de área funcional, consideramos que existe alinhamento estratégico entre o planejamento estratégico corporativo e o planejamento funcional.

É importante lembrar que em algumas ocasiões o objetivo estratégico pode coincidir com o objetivo traçado para a área funcional ou unidade de negócios.

Referências:

KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A execução premium: a obtenção de vantagem competitiva através do vínculo da estratégia com as operações do negócio. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.


domingo, 18 de setembro de 2011

A participação do CIO na execução das ações estratégicas

Muito se questiona sobre o novo papel do CIO nas corporações do mundo atual. Mas uma coisa podemos concordar: as empresas cada vez mais exigem uma mudança do perfil e do comportamento deste CIO.

Nas decisões estratégicas, a alta cúpula define as diretrizes e o planejamento estratégico. A visão do CIO moderno passa pela execução, na medida em que este contribui para a formação e estruturação dos processos de negócio e na utilização da tecnologia como apoio a estes processos, bem como à geração de informação relevante e de agregação de valor. No entanto, a sua contribuição deve ser além da execução, na medida em que sua visão deixa de ser apenas tecnológica, abrangendo também questões do negócio (ver vídeo da IBM nas referências).

O entendimento sobre questões do negócio vão ajudá-lo a ter peso na tomada de decisão junto aos membros da alta cúpula. A área de TI, neste caso, precisa ser vista como uma área facilitadora na execução destas ações estratégicas, gerando informação relevante para o negócio, bem como integrando estas ações por meio de processos e aplicações. E esta visão quem proporciona é o próprio CIO.

A tendência de simplificação desta área, principalmente com o crescimento do mercado de cloud esclarece cada vez mais este novo papel de quem a comanda. Isto não significa que o diretor de TI deixará de pensar nas questões técnicas dos processos de TI, mas ele terá que pensar como estas questões irão contribuir para a nova arquitertura organizacional de informação. E mais: terá que explicar de forma clara para o corporativo o papel e importância que o seu setor tem nesta execução.

Referências:
http://informationweek.itweb.com.br/4409/o-cio-deve-repensar-o-seu-papel-na-companhia-afirmou-taurion/
http://www.youtube.com/watch?v=_qzn_gUwPxM&feature=mfu_in_order&list=UL




terça-feira, 13 de setembro de 2011

Missão, visão, valores organizacionais e agenda de mudança

Antes de colocar em prática a estratégia organizacional, e empresa precisa definir o que chamamos de diretriz organizacional: missão, visão e os valores da corporação:
- Missão: descrição breve do propósito da organização. Define a razão de existência da organização perante a sociedade. Descreve o que a empresa fornece aos seus clientes.
- Visão: Define o "objetivo geral" do negócio no longo prazo a ser alcançado. Precisa ser algo ousado e quantificado em termos de tempo.

- Valores: Prescrevem as atitudes, comportamento e caráter seguidos pela corporação. Servirão de subsídio para a formação da cultura corporativa. Estes três conceitos ajudam na formação de uma identidade organizacional, bem como define a forma de condução em termos estratégicos do negócio. Isto significa que todo o planejamento será desdobrado e desenvolvido levando em consideração a diretriz organizacional.

No entanto, podemos considerar que, em alguns casos, existe a dificuldade de convencer, explicar e situar a equipe organizacional sobre a necessidade de mudança organizacional em termos de estratégia e qual será a nova formatação do negócio. Muitas empresas definem esta diretriz, mas não conseguem traduzir a linguagem de forma simplificada para os demais níveis organizacionais. Kaplan e Norton (2008) definem a agenda de mudança estratégica como ferramenta de auxílio à comunicação e interpretação deste novo negócio, conforme exemplo abaixo:



A agenda de mudança estratégica compara a situação vigente de várias estruturas organizacionais, capacidades e processsos com a situação almeijada para os próximos três a cinco anos, ajudando a projetar a empresa futura com base em uma estrutura de diretriz que deve ser seguida.

Referências:
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A execução premium: a obtenção de vantagem competitiva através do vínculo da estratégia com as operações do negócio. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

domingo, 11 de setembro de 2011

Análise do ambiente organizacional

Quando estamos construindo um Planejamento estratégico, é de suma importância, antes de tudo, entendermos o ambiente que abrange tanto o contexto externo, quanto o contexto interno organizacional. Alguns autores consideram que é necessário entender os ambientes para saber até que ponto eles podem dificultar ou facilitar a execução da visão e da missão organizacional.

O modelo de gestão mais conhecido para realizar este tipo de análise é o modelo swot, onde se observam as oportunidades e ameaças (Ambiente exteno) e os pontos fortes e fracos (ambiente interno).



Podemos caracteriza
r o ambiente em três camadas:

- Ambiente externo geral: composto por dimensões da sociedade em geral que influenciam a indústria (setor).
- Ambiente externo setorial/ mercadológico: composto por um conjunto de aspectos que influencia diretamente uma empresa e suas ações e reações competitivas.
- Ambiente interno: composto por fatores que envolvem a estrutura organizacional, seus setores, processos e recursos utilizados.

Nem todas as questões estratégicas são igualmente importantes para todas as organizações. Quanto maior for a organização e sua ampliação em termos de atuação mercadológica, maior será a influência do ambiente geral sobre ela. O ambiente setorial/ mercadológico interfere em tod as as empresas (podendo variar a força competitiva que pode influenciar mais em uma determinada situação). No entanto, organizações de menor porte, com características locais dependem mais das questões setoriais e mercadológicas.

Dessa forma, uma empresa pode estabelecer, em cada aspecto, o nível de importância e categorizando-o como ponto forte ou fraco (no caso de uma análise interna) ou oportunidade ou ameaça (no caso de uma análise externa). Isto será importante durante o processo de formulação da estratégia e das ações estratégicas que responderão a essas pressões do ambiente organizacional, seja externo ou interno.

Referências:
CERTO, Samuel C.; PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.
HITT, Michael A.; IRELAND, R. Duane; HOSKISSON, Robert E. Administração estratégica. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eficiência e eficácia nas organizações

A administração visa o alcance dos objetivos organizacionais de maneira eficiente e eficaz. A ideia da eficiência está relacionada aos meios. Isto significa otimização de recursos nos processos organizacionais. Um administrador eficiente é aquele cuja unidade de trabalho opera diariamente com um custo mínimo de materiais e de trabalho.


Já a eficácia tem relação direta com os fins, ou seja, com o alcance dos resultados planejados. É a medida do resultado da tarefa ou alcance do objetivo estabelecido. Um administrador eficaz é aquele cuja unidade de trabalho alcança os objetivos predeterminados.


Quando temos eficiência e eficácia ao mesmo tempo, geramos efetividade organizacional. No entanto, nem sempre há eficiência e eficácia no processo produtivo (vejam a figura).


Muitas vezes, certas pessoas fazem trabalhos com um alto nível de eficiência, mas sem utilidade para a organização. Da mesma forma, não adianta apenas focar em metas e objetivos, atendê-los sem se preocupar com os meios de produção, pois o desempenho poderia ser bem melhor se houvesse melhor utilização destes recursos, sejam financeiros, de pessoal, físicos, etc.


Referência:

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.