sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pressão e Reação com a TI

A TI se tornou o principal facilitador das atividades empresariais catalizando mudanças na estrutura e na administração das empresas. As pressões exercidas pelo avanço tecnológico associado a fatores sociais e ao próprio mercado requerem das empresas reações freqüentes e ágeis para aproveitar as oportunidades geradas por este ambiente competitivo. O crescimento ou mesmo a sobrevivência da organização demanda investimentos em atividades inovadoras que visam transformar estruturas , processos ou mesmo o modelo de negócios adotado e não apenas recorram às tradicionais providências de foco operacional como reduzir custos.As organizações devem responder com uma reação a estas pressões [1]. Para Turban e outros , esta resposta pode ser facilitada pela TI, ou ainda, a TI pode vir a ser a única resposta para determinada situação de pressão.As pressões podem ser classificadas da seguinte forma:Pressões do próprio mercado: provenientes da economia globalizada e de concorrência acirrada; a diversificação da força de trabalho (especialmente nos países desenvolvidos); clientes mais informados e mais exigentes.Pressões da Tecnologia: crescimento do papel da tecnologia no ambiente empresarial; alta disponibilidade de informação na Internet, facilitando o acesso para empresas e pessoas.Pressões Sociais: crescimentos da discussão sobre responsabilidade social e ambiental, fazendo com que as questões sociais passem a afetar os negócios; regulamentações governamentais (ambientais, de saúde, segurança, etc.).A figura abaixo resume as pressões exercidas sobre as empresas:



Para suportar estas pressões é necessário que as organizações dêem respostas cada vez mais rápidas. Muitas vezes antigas soluções não se mostram eficazes, necessitando que sejam modificadas, complementadas ou eliminadas. Os principais tipos de respostas baseadas na TI podem ser resumidas abaixo:



1. Sistemas estratégicos: sistemas de que oferecem vantagens estratégicas às organizações;2. Sistemas de aperfeiçoamento contínuo (just in time e sistemas de gestão da qualidade total): sistemas que visam a melhoria de produtividade e qualidade;3. Sistema de comércio eletrônico e sistemas de apoio às parcerias empresariais (e-procurement , CRM e SCM): estratégia e novos modelos de negócios que utilizem redes eletrônicas para realizar transações comerciais. Apoio a fusões que precisam do apoio da TI para a integração das operações.4. Sistemas de apoio à reengenharia dos processos de negócio (ERPs) e sistemas analíticos (BI) : Introdução de uma importante inovação na estrutura de uma empresa e na condução de seu negócio. Geralmente se configura por mudanças bruscas nas empresas através de adoção de processos baseados em melhores práticas e sistemas de inteligência (business intelligence) que permitem a análise organizacional e de mercado.

Em resumo, estejam convictos de que a TI é o grande apoio para a organização do futuro cada vez mais baseada em dados e informaçoes. Cabe a cada um de nós que respiramos todos os dias assuntos relacionados a esta área que saibamos colocar para os atores organizacionais a importância do investimento em TI para a sobrevivencia e preservação das suas organizações. A maneira mais fácil de explicar para as áreas de negócio como uma iniciativa de TI pode melhorar a competitividade da organização é vincula-la a uma ferramenta como o BSC(balanced scorecard) que é uma forma de representar a estratégia de uma organização conforme ilustra diagrama abaixo.


Fonte:

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tecnologia da Informação: evolução no ambiente corporativo

A TI (Tecnologia da Informação) é uma das áreas do negócio que apresenta um crescimento em termos de importância para as organizações. No entanto, sua evolução vem desde os anos 50, quando começaram a utilizar de forma mais efetiva computadores e equipamentos eletrônicos para realizar o processamento de dados organizacionais.
A primeira geração de computadores usava válvulas eletrônicas e, em meados dos anos 1950, algumas empresas como a IBM começaram a produzir outros computadores eletrônicos. Os equipamentos eram grandes e caros, tinham capacidade limitada de processamento e armazenamento e as aplicações desenvolvidas problemas bem estruturados, como folha de pagamento e controle de estoques.
Contudo, a partir dos anos 1970 as mudanças na função TI passaram a ser maiores. As empresas, ao valorizarem esta função, desenvolveram os chamados centros de processamento de dados, ou os centros de informação, que tinham como objetivo prover informação adequada para a tomada de decisão. Além disso, a evolução dos sistemas de informações gerenciais fizeram com que as organizações dependessem cada vez mais da área de TI para realizar suas operações.
A partir do final dos anos 1980 e início da década de 1990, as mudanças ocorridas do ponto de vista socioeconômico e político, como a abertura de mercados, o livre comércio e a queda do modelo socialista e a ascensão do capitalismo fizeram com que o ambiente competitivo entre diferentes mercados tornasse mais acirrado, e a disputa global ganhava um novo status de concorrência. Além disso, o avanço tecnológico e o surgimento de novos aplicativos e modelos de negócios baseados na web fizeram com que as barreiras comerciais praticamente se extinguissem, possibilitando um estreitamento nas relações de negócios em todo o mundo. A internet se tornou um modelo de infraestrutura pública capaz de suportar diversos aplicativos, possibilitando a descentralização das estruturas organizacionais. Esses fatores contribuíram para uma mudança de comportamento organizacional, no tocante às estruturas internas. Até então, a visão corporativa do ponto de vista interno estrutural tinha um caráter departamental. A mudança da conjuntura internacional global forçou as organizações a adotarem uma postura mais flexível, com maior agilidade, e foco na gestão de processos, sob uma visão de colaboração para com seus parceiros de negócios. Dessa forma, teorias como reengenharia de processos, downsizing e a terceirização passaram a ser relevantes diante do novo contexto corporativo.
O cenário atual da Tecnologia da Informação apresenta um cenário caracterizado pela forte dependência de aplicações e infraestrutura em relação à nuvem (web) construída ao longo do tempo. A TI funciona hoje como um "guarda-chuva" que engloba diversos serviços utilizados para garantir a eficácia no uso da informação no ambiente organizacional. Desta forma, alguns termos como cloud computing, virtualização e data center são comuns neste novo cenário, e proporcionam às empresas de tecnologia um grande leque de oportunidades a serem exploradas no mercado corporativo para a prestação de serviços. No entanto, é importante lembrar que o setor de tecnolologia é amplamente mutável, e muitas das soluções que são oferecidas hoje podem não compensar o investimento realizado pelas organizações que compõem o mercado em geral. Quem geralmente pagam o preço por isso são grandes corporações que atuam em um nível de competição mais acirrado, onde há a necessidade de buscar vantagem competitiva através de grandes investimentos que gerem valor ao negócio.
Referências:
LAURINDO, Fernando José Barbin. Tecnologia da Informação: planejamento e gestão estratégica. São paulo: Atlas, 2008.
MEDEIROS, Bruno Campelo. A influência do processo de terceirização de tecnologia da informação na utilização dos modelos de contratação de serviços: um estudo de casos múltiplos. 2009. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte.

Estratégia: bases conceituais

O termo "Estratégia" surgiu há muito tempo atrás na Grécia, e tem origem militar. Sua utilização etava relacionada às operações e movimentos de um exército. Na época, os líderes realizavam ações de planejamento, preparação e aplicação da tropa, desenvolvento táticas de ataque e defesa, a fim de surpreender o inimigo.

O que significa Estratégia nos negócios?

Segundo Mintzberg (2001), a estratégia nos negócios está relacionada aos planos da alta administração para atingir resultados consistentes com as missões e objetivos da organização. Ou seja, estratégia nada mais é do que o caminho a ser construído para que os objetivos estabelecidos em uma organização sejam atingidos. No entanto, Burkholder (2006) diz que, antes de definir uma estratégia, é fundamental entender quais são os objetivos do negócio. Ao estabelecer os objetivos do negócio, a organização terá mais facilidade de delinear o caminho a ser seguido (formulação de sua estratégia) para obter sucesso em seu setor de atividade. Assim, é fundamental ter objetivos mensuráveis que traduzam a razão de ser da organização (missão) e alinhados com a estratégia corporativa.

A estratégia pode assumir diferentes conceitos, dependendo do momento em que a organização esteja e como o seu setor/mercado está se desenvolvendo (ler 5p`s da estratégia).

As dez escolas da Estratégia

O processo de desenvolvimento do conceito de Estratégia evoluiu ao longo dos anos. Desde a metade do século XX, diversos autores promoveram correntes de pensamento que caracterizavam o conceito de estratégia corporativa sobre diferentes ângulos. Sendo assim, Mintzberg (1999) reuniu estas correntes de pensamento em um livro chamado Safári da Estratégia, utilizando metáforas e termos que apresentavam de forma peculiar cada escola de pensamento. As escolas se dividiam basicamente em três grupos, conforme o quadro abaixo:

Referências:

BURKHOLDER, Nicholas C. Outsourcing: the definitive view, applications, and implications. Hobboken: John Wiley & Sons, 2006.

MEDEIROS, Bruno Campelo. A influência do processo de terceirização de tecnologia da informação na utilização dos modelos de contratação de serviços: um estudo de casos múltiplos. 2009. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte.

MINTZBERG, Henry; ALHSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia. Porto Alegre: Bookman, 1999.

MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O processo da estratégia. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.