A TI (Tecnologia da Informação) é uma das áreas do negócio que apresenta um crescimento em termos de importância para as organizações. No entanto, sua evolução vem desde os anos 50, quando começaram a utilizar de forma mais efetiva computadores e equipamentos eletrônicos para realizar o processamento de dados organizacionais.
A primeira geração de computadores usava válvulas eletrônicas e, em meados dos anos 1950, algumas empresas como a IBM começaram a produzir outros computadores eletrônicos. Os equipamentos eram grandes e caros, tinham capacidade limitada de processamento e armazenamento e as aplicações desenvolvidas problemas bem estruturados, como folha de pagamento e controle de estoques.
Contudo, a partir dos anos 1970 as mudanças na função TI passaram a ser maiores. As empresas, ao valorizarem esta função, desenvolveram os chamados centros de processamento de dados, ou os centros de informação, que tinham como objetivo prover informação adequada para a tomada de decisão. Além disso, a evolução dos sistemas de informações gerenciais fizeram com que as organizações dependessem cada vez mais da área de TI para realizar suas operações.
A partir do final dos anos 1980 e início da década de 1990, as mudanças ocorridas do ponto de vista socioeconômico e político, como a abertura de mercados, o livre comércio e a queda do modelo socialista e a ascensão do capitalismo fizeram com que o ambiente competitivo entre diferentes mercados tornasse mais acirrado, e a disputa global ganhava um novo status de concorrência. Além disso, o avanço tecnológico e o surgimento de novos aplicativos e modelos de negócios baseados na web fizeram com que as barreiras comerciais praticamente se extinguissem, possibilitando um estreitamento nas relações de negócios em todo o mundo. A internet se tornou um modelo de infraestrutura pública capaz de suportar diversos aplicativos, possibilitando a descentralização das estruturas organizacionais. Esses fatores contribuíram para uma mudança de comportamento organizacional, no tocante às estruturas internas. Até então, a visão corporativa do ponto de vista interno estrutural tinha um caráter departamental. A mudança da conjuntura internacional global forçou as organizações a adotarem uma postura mais flexível, com maior agilidade, e foco na gestão de processos, sob uma visão de colaboração para com seus parceiros de negócios. Dessa forma, teorias como reengenharia de processos, downsizing e a terceirização passaram a ser relevantes diante do novo contexto corporativo.
O cenário atual da Tecnologia da Informação apresenta um cenário caracterizado pela forte dependência de aplicações e infraestrutura em relação à nuvem (web) construída ao longo do tempo. A TI funciona hoje como um "guarda-chuva" que engloba diversos serviços utilizados para garantir a eficácia no uso da informação no ambiente organizacional. Desta forma, alguns termos como cloud computing, virtualização e data center são comuns neste novo cenário, e proporcionam às empresas de tecnologia um grande leque de oportunidades a serem exploradas no mercado corporativo para a prestação de serviços. No entanto, é importante lembrar que o setor de tecnolologia é amplamente mutável, e muitas das soluções que são oferecidas hoje podem não compensar o investimento realizado pelas organizações que compõem o mercado em geral. Quem geralmente pagam o preço por isso são grandes corporações que atuam em um nível de competição mais acirrado, onde há a necessidade de buscar vantagem competitiva através de grandes investimentos que gerem valor ao negócio.
Referências:
LAURINDO, Fernando José Barbin. Tecnologia da Informação: planejamento e gestão estratégica. São paulo: Atlas, 2008.
MEDEIROS, Bruno Campelo. A influência do processo de terceirização de tecnologia da informação na utilização dos modelos de contratação de serviços: um estudo de casos múltiplos. 2009. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte.
Muito esclarecedor, parabéns!
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