quarta-feira, 21 de abril de 2010

Componentes da Governança de TI

A Governança de TI envolve mecanismos e componentes que permitem o desdobramento da estratégia de TI (alinhada à estratégia organizacional) até as operações dos produtos e serviços correlatos, quando estes componentes estiverem funcionando de forma integrada.




1 - Componentes da etapa de alinhamento

Princípios de TI: regras que todos devem seguir, no âmbito da empresa (refletem as diretrizes do negócio para esta função), e que subdisiam tomadas de decisão acerca da arquitetura e da infraestrutura de TI, aplicações e recursos.
Necessidades de aplicações: se referem às aplicações necessárias para atender às demandas do negócio.
Aquitetura de TI: diz respeito à organização lógica dos dados, aplicações e infraestrutura, buscando a integração do negócio e padronização técnica.
Infraestrutura de TI: Se refere à fundação da capacidade planejada de TI (pessoas, equipamentos, aplicativos, redes) disponível e requerido pela organização em forma de serviços.
Objetivos de desempenho: direcionam a gestão de TI para atender as metas de desempenho estipuladas para o setor.
Capacidade de atendimento da TI: define a quantidade de recursos humanos necessários para atender à demanda por sistemas e serviços.
Estratégia de outsourcing: cuida da avaliação, seleção negociação (contratos), transição e gerenciamento de serviços junto aos fornecedores.
Política de Segurança da Informação: se refere à definição de diretrizes e ações referentes à segurança de aplicativos, dados, redes , pessoas e parceiros envolvidos com a organização.
Competências: se refere à utilização de recursos necessários para a implantação das iniciativas e gestão da mudança da TI.
Processos e organização: apresentam a forma como os serviços de TI serão desenvolvidos, gerenciados e entregues aos usuários finais.
Plano de TI: descreve os objetivos, as ações, os indicadores e os agentes envolvidos na realização do alinhamento estratégico entre TI e o organizacional.
2 - Componentes da etapa de decisão, compromisso, priorização e alocação de recursos
Mecanismos de decisão: define quem é (são) o(s) responsável (is) sobre a TI dentro da organização (os arquétipos de tomada de decisão descritos no modelo de Well e Ross)
Portfolio de TI: metodologia para a priorização de investimentos de TI com base no retorno de projetos e ativos. Toda a empresa possui uma série de ações organizadas em projetos no qual pretende realizar, mas a priorização de projetos em decorrência da falta ou escassez de recursos deve ser colocada em prática.
3. Componentes da etapa de estrutura, processos, organização e gestão
Operações de serviços: locais onde acontece o atendimento de serviços de TI; Podem ser operações de sistemas, suporte técnico, segurança, suporte ao CIO, de processos ou outras operações.
Relacionamento com o cliente: trata da interação dos usuários internos ou externos com a área de TI, abrangendo processos que definem como o cliente solicita o serviço, quem pode solicitar, canais de comunicação, etc.
Relacionamento com o fornecedor: trata de como as solicitações são encaminhadas aos provedores de serviço, como os SLAs são controlados, como o fornecedor responde às solicitações, etc.
4. O componente da etapa de medição de desempenho da TI
Gestão do desempenho: refere-se ao monitoramento dos objetivos de desempenho das operações de serviços (suporte e entrega do serviço, segurança da informação, SLAs, etc).
Referências:
FERNANDES, Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de. Implantando a Governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
WEILL, Peter; ROSS, Jeanne W. Governança de Tecnologia da Informação: como as empresas com melhor desempenho administram os direitos decisórios de TI e busca por resultados superiores. São Paulo: Makron Books, 2005.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gestão da Cadeia de Suprimentos

O que significa Cadeia de Suprimentos?


Dentro do sistema de valor de uma indústria, o grupo de companhias que realizam cada passo criando e entregando o produto é chamado de rede da cadeia de suprimento. Quando os gerentes de operações procuram controlar este fluxo, percebem que podem obter benefícios em termos de velocidade, confiabilidade, flexibilidade, custos e qualidade, em comparação à simples gestão do futuro interno à empresa.

Reconhece-se que há benefícios significativos a serem ganhos ao tentar dirigir estrategicamente toda uma cadeia em direção à satisfação dos clientes finais. Alguns termos utilizados em gestão de operações que causam uma certa confusão são descritos e mostrados no gráfico abaixo:


1 - gestão de compras e suprimentos
2 - gestão da distribuição física
3 - logística
4 - gestão de materiais
5 - gestão da cadeia de suprimentos







O que significa Gestão da Cadeia de Suprimentos?


Em sua essência, a gestão da cadeia de suprimentos (SCM - Supply Chain Management) é a coordenação dos fluxos de material (1), informação (2) e financeiro (3) entre todas as empresas que participam de uma transação de negócios.




Os fluxos de material envolvem produtos físicos fluindo de fornecedores a clientes através da cadeia, como também fluxos inversos de material, como devolução de produtos.

Os fluxos de informação envolvem previsão de demanda, transmissão de pedido e relatórios de situação de entrega.

Os fluxos financeiros envolvem informações sobre cartões de crédito, condições de crédito, programação de pagamentos e título.

A filosofia do SCM ultrapassa o gerenciamento do fluxo das mercadorias. A cadeia é vista como uma entidade única. Pires ressalta certos procedimentos têm permitido obter resultados positivos na SCM.
- reestruturação e consolidação do número de fornecedores e clientes, construindo e implementando relações de parceria.
- divisão das informações e integração da infraestrutura com clientes e fornecedores, proporcionando entregas just-in-time e diminuição dos níveis de estoque.
- desenvolvimento conjunto de produtos, com o envolvimento dos fornecedores, visando redução dos custos e do tempo no desenvolvimento.
- integração das estratégias na cadeia produtiva, compatibilizando estratégias competitivas com medida de desempenho.

A figura abaixo relaciona o SCM, a logística e o transporte, estoque e armazenagem.




Demanda

A demanda caracteriza a intenção de consumo e pode ser estável ou volátil. A previsão de demanda é uma das tarefas árduas do SCM. As flutuações na demanda são governadas basicamente por sazonalidade, tendências de mercado, fatores randômicos (pacote econômico, por exemplo) e fatores cíclicos (diversidade do clima, por exemplo). As variações mna demanda podem trazer excesso de inventário, previsões de vendas não confiáveis, excesso de capacidade produtiva.

As operações globais aumentam os custos e a complexidade da logística, pois aumentam a incerteza e reduzem a capacidade de controle. A incerteza resulta de enormes distâncias entre os elos da cadeia e a capacidade de controle é reduzida devido aos requisitos e restrições ao comércio.

Efeito chicote

O efeito chicote é o aumento da variabilidade ao longo da cadeia de suprimentos. O caso mais conhecido foi o da Procter & Gamble onde as vendas de produto a varejo eram uniformes mas os pedidos colocados pelos distribuidores flutuavam bastante e que provocava um grande erro na cadeia que se traduzia em estoques elevados.

Fatores que aumentavam a variabilidade:
- Imprecisão na previsão de demanda
- Lead-times longos
- Pedidos por lote
- Flutuações de preços
- Pedidos inchados

Conceito de SCM

A gestão da cadeia de suprimentos (SCM) pode ser definida como a gestão da cadeia completa do suprimento de matérias-primas, manufatura, montagem e distribuição até o consumidor final. O Conceito de SCM é mais abrangente que o conceito de gestão de logística integrada, podendo até envolver a modificação de processos organizacionais. A SCM é um conjunto de abordagens utilizadas para integrar eficientemente fornecedores, fabricantes, depósitos e armazéns de forma que a mercadoria seja produzida e distribuída na quantidade certa, para a localização certa, no tempo certo, de forma a minimizar os custos globais do sistema ao mesmo tempo que atinge o nível de serviço desejado. A SCM envolve o controle dos fluxos entre os estágios na cadeia para maximizar a lucratividade total.

Objetivo da SCM

O objetivo da gestão da cadeia de suprimentos é buscar a sintonia entre os diferentes agentes e a eficiência conjunta. Tal sintonia envolve atividades de logística - atividades que envolvem colocar produtos disponíveis, onde e quando são desejados por seus consumidores e a gestão de todos os processos envolvidos.

Benefícios do SCM

Os principais benefícios da SCM são a redução da incerteza e riscos ao longo da cadeia, afetando positivamente os níveis de estoque, tempos envolvidos, processos e serviços ao cliente, além de contribuir para o aumento do lucro e da competitividade dos envolvidos na cadeia.

Barreiras na utilização do SCM

Não é fácil coordenar toda a cadeia. Isto é especialmente verdade quando parte da cadeia atende a conjuntos diferentes de clientes finais. Para chegar ao estágio de integração plena, com benefícios globais expressivos, o caminho é árduo, requerendo a eliminação de inúmeras barreias. Exige revisão da estrutura organizacional, utilização de sistemas de informação inteorganizaionais e sistemas de custos adequados.
Considerações sobre o SCM

A gestão da cadeia de suprimentos é baseada na crença de que a eficiência ao longo do canal de suprimentos pode ser melhorada por meio do compartilhamento de informações e do planejamento conjunto entre seus diversos agentes.

A gestão da cadeia de suprimentos pressupõe a integração de todas as atividades envolvidas, mediante a melhoria nos relacionamentos entre seus diversos elos e agentes, buscando construir vanatgens competitivbas sustentáveis.

Fonte:

Referências:
NIGEL SLACK et al. Administração da produção, 2002.
SUNIL CHOPRA et al. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação, 2002.

domingo, 11 de abril de 2010

O que é o Business Intelligence (BI)

O ambiente de negócios é cada vez mais complexo o que dificulta a tomada de decisão. Sabe-se que as empresas devem reagir e se adaptar rapidamente ao ambiente. As decisões são cada vez mais complexas devido a operações cada vez mais baseadas em redes e globais. Por outro lado na medida que as organizações se tornam mais complexas, a janela de tempo para a tomada de decisão se torna menor. Uma decisão só é boa se for tomada no tempo certo.

O Business Intelligence (BI) é basicamente um termo guarda-chuva que inclui arquiteturas, ferramentas, banco de dados, aplicações e metodologia que tem como principal objetivo analisar dados empresariais. Trata da tentativa de transforma dados em informações de uma maneira um pouco mais sistematizada , tornando o decisor menos dependente de métodos baseados em intuição ou tentativa e erro.

Os objetivos do BI são permitir o acesso aos dados, proporcionar a manipulação destes dados e fornecer aos decisores a possibilidade de realizar a análise adequada dos dados. A idéia é que os insights propiciados pelo BI possibilitem uma tomada de decisão mais apurada.

O termo BI surgiu na década de 1990 e foi primeiramente utilizado pelo Gartner. Mas o conceito em si existe desde a década de 70 com o SIG e o SIE. Mais recentemente o conceito de SIE (sistema de informação executiva) foi transformado em BI.
Existem quatro componentes chaves no BI (ver figura) e descritos a seguir:





(1)Data Warehouse (DW) - Repositório especial preparado para dar suporte a aplicações de tomada de decisão. Onde os dados fontes (normalmente oriudos de sistemas OLTP) são carregados.(2)Ferramentas de acesso (análise de negócios) - Coleção de ferramentas para manipular e analisar os dados do DW. A principal categoria de ferramente de análise de negócio é a OLAP (processamento analítico on-line) que permite que os usuários possam analisar diferentes dimensões dos dados. A outra categoria relevante é o data mining que é uma classe de análise baseada em bancos de dados que procura padrões ocultos e que podem ser utilizados para prever comportamentos futuros.(2a)OLAP - O OLAP é um software que permite que os usuários analisem dados multidimensionais criando os cubos de dados. A maneira que os produtos OLAP fazem a interface com os dados da origem a subcategorias como o ROLAP que processa dados diretamente de um banco de dados relacional.
(2b)Data Mining - Processo de extração de informações desconhecidas, porém significativas, de banco de dados extensos para serem utilizados nas tomadas de decisões do negócio. Os dados extraídos são dados que transformados em informações podem ser usados para aproveitar oportunidades emergentes, ampliar a presença no mercado de auxiliar na tomada de decisões estratégicas. Existem diversas técnicas de data mining inlcuindo computação neural e diferentes maneira de trabalhar a informação incluindo a análise de clusters.(3)Corporate Performance Management (CPM) - Utilzado para monitorar e analisar o desempenho. Normalmente se baseia no BSC e o seu objetivo é otimizar o desempenho da organização. O CPM usa a geração e análise dos relatórios fornecidos e a opção de consultas do BI.
(4)Interface do Usuário - São os dashboards. Os dashboards fornecem visão das medidas de desempenho , tendências e exceções para todo o negócio.Importante salientar que o ambiente de DW é de responsabilidade em geral de uma equipe técnica e ambiente de análise de negócio está no âmbito dos analistas de negócio.

Existem também os sistemas de informação geográficas (GIS) que baseado em um software que simplifica a análise e visualização das informações acerca das entidades cuja localização física é importante.O GIS combina o mapeamento geográfico com um gerenciador de banco de dados.

Fonte:
VERAS, Manoel Disponível em: http://sistemasdeinformacao10.blogspot.com/search/label/Aspectos%20Gerais%20-%20BI
Referência :
TURBAN et all. Business Intellligence: Um enfoque gerencial para a Inteligencia do Negócio , 2008.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Datacenter: a importância de uma boa construção

A construção e formação de um Datacenter pode variar de acordo com o porte, setor de atuação e poder de investimento de uma organização, principalmente no que se refere a estes elementos estruturais.



Sendo assim, um moderno Datacenter é projetado com filas dispostas entre um corredor quente e um corredor frio, com o ar frio gerado pelos aparelhos de ar condicionado e colocado na sala através de espaços existentes no piso da sala. Embora este modelo tenha maior probabilidade de sucesso no que se diz respeito ao resfriamento, é importante que o gerente da unidade realize sempre uma análise adequada para garantir que as metas de resfriamento possam ser cumpridas.

A construção, bem como o desenvolvimento planejado de um bom Datacenter podem gerar grandes benefícios para uma organização. Uma questão importante do Datacenter está vinculada à consolidação dos servidores. A consolidação de servidores é o ato de reduzir o número de servidores físicos, reduzindo o espaço físico de um Datacenter. Através da consolidação, uma organização pode não apenas reduzir o número de servidores físicos, como também os custos operacionais, através da redução do consumo de energia necessária para mantê-los funcionando, impactando diretamente na quantidade de arrefecimento necessária para manter estes servidores funcionando a uma temperatura ideal. A consolidação também ajudaria a resolver problemas relacionados à incompatibilidade de aplicativos que, à princípio, deveria ser rodados em servidores diferentes. A utilização sistemas específicos de virtualização ajuda na criação de máquinas virtuais que pudessem rodar estes aplicativos, economizando dinheiro, energia e refrigeração.
A questão de redução do consumo de energia em Datacenters tem um componente ambiental relevante. A pressão imposta po grupos ambientalistas e a mudança na legislação e regulamentação em alguns mercados forçam os fabricantes e empresas envolvidas a desenvolverem tecnologias de menor impacto ambiental. Assim também vem acontecendo com os Datacenters. Novos Datacenters podem ser projetados para serem verdes, ou seja, utilizem eficientemente a energia consumida. Outros já existentes podem ser adaptados para atenderem às reivindicações e preocupações ambientais.

Além disso, é necessário ter uma compreensão clara dos recursos físicos utilizados no Datacenter, mesmo que haja utilização de um Datacenter virtual. É necessário que estes recursos de infraestrutura (redes e servidores) estejam instalados de forma segura.

Fonte:
Texto de Bruno Campelo e Manoel Veras.

Referências:
KAPPEL, Jason A.; VELTE, Anthonny T.; VELTE, Toby J. Microsoft Virtualization with Hyper-V. New York: McGraw-Hill, 2009.
PAKBAZNIA, Ehsan; PEDRAM, Massoud. Minimizing Data Center cooling and Server Power Costs. In: 14th International Simposium on Low Power Eletronics and Design, San Francisco, 2009. Anais do 14th International Simposium on Low Power Eletronics and Design, 2009.
SCHMIDT, Roger R. et al. Evolution of Data Center environmental guidelines. American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, v. 110, n. 1, p. 559-566, 2004.
SHULZ, Greg. The Green and Virtual Data Center. Boca Raton: CRC Press, 2009.